Pés Diabéticos: cuidado e prevenção reduzem as chances de amputação em 50% dos casos

Pés Diabéticos: cuidado e prevenção reduzem as chances de amputação em 50% dos casos

Uma das doenças mais comuns entre os brasileiros é a Diabetes.  A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima de 1 em cada 11 pessoas no mundo tem diabetes. Em 2014, a estatística apontava para 442 milhões de diabéticos. Só no Brasil, entre os anos de 2006 e 2016, houve um aumento de 60% no diagnóstico da doença, segundo o Ministério da Saúde.  No país, o diagnóstico passou de 5,5% da população para 8,9%, e o desafio para a redução desse índice passa pela falta de controle glicêmico dos pacientes: 50% dos diabéticos desconhecem que são portadores da doença.

O que é a diabetes?

Diabetes é uma doença metabólica, causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo. Seu portador não consegue “quebrar” as moléculas de glicose corretamente ou em velocidade suficiente. A glicose é um tipo de açúcar básico que ingerimos em nossa alimentação e através da atuação da insulina (hormônio que “quebra” as moléculas de açúcar) é transformada em energia para a manutenção das células do nosso organismo.

A alta taxa de glicose no organismo (gerada pela má atuação da insulina como ocorre na diabetes) pode provocar danos em órgãos como rins, olhos, coração como, também, levar a amputação de membros inferiores e em casos mais graves até levar à morte. Pesquisas apontam que no Brasil 58 mil pessoas morrem por ano em consequência de complicações da diabetes.

 

A diabetes se divide em duas categorias, os tipos 1 e 2. A diabetes tipo 1 está relacionada ao sistema autoimune e geralmente é identificada ainda na infância ou adolescência.  As células responsáveis pela defesa do organismo acabam atacando outras capazes de sintetizar insulina devido ao problema no sistema imunológico. Os pacientes diagnosticados com este tipo de diabetes são chamados de insulino-dependentes porque precisam fazer a reposição de insulina de forma regular, além de usar outros medicamentos, adotar uma alimentação saudável e praticar atividades físicas.

Já no chamado tipo 2, a aplicação de insulina é necessária somente em alguns casos. A maior parte dos diabéticos, cerca de 90%, se enquadra neste tipo de diabetes. No tipo 2 o organismo não produz insulina suficiente para controlar a taxa de açúcar, ou não é capaz de usar de forma correta o que produz. Estima-se que entre 80 e 90% dos pacientes diabéticos obesos se enquadrem nesta categoria.

Mas muitos se perguntam: Como saber se sou portador da doença? Descobrir se você é portador da diabetes é muito fácil! Existe uma variedade de exames indicados pelos médicos como: glicemia em jejum, teste de tolerância á glicose, glicemia pós-prandial, hemoglobina glicada etc. É fundamental que o médico faça a solicitação e o acompanhamento regular para que caso seja detectado qualquer descontrole que promova complicações na vida do paciente, o tratamento seja feito o mais rápido possível.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, existem atualmente, no Brasil, mais de 13 milhões de pessoas vivendo com a doença, o que representa 6,9% da população nacional. O aumento do número de diabéticos no Brasil e no mundo está ligado estritamente à obesidade. O sobrepeso é um fator de risco para o desenvolvimento da diabetes tipo 2. Isso ocorre porque com o aumento do tamanho das células de gordura, elas respondem menos a quantidade de insulina que antes era suficiente para aquele individuo. Outros fatores que também contribuem para o aparecimento do diabetes são: o sedentarismo, a idade (com o passar do tempo o metabolismo fica mais lento gerando um aumento na gordura corporal), hipertensão (alguns medicamentos usados para tratar a pressão alta interferem na ação da insulina no organismo), colesterol elevado e dieta hipercalórica.

Pés diabéticos

Pés diabéticos

Dentre as várias complicações geradas pela diabetes os chamados pés diabéticos estão entre as mais comuns.  As feridas nos pés ocorrem quando a taxa de glicemia não está controlada promovendo deficiência na circulação sanguínea e dificuldade de cicatrização. Em casos mais graves essa ferida ou úlceras pode tem como consequência a amputação.

Os principais sintomas do pé diabético são formigamentos, perda da sensibilidade, dores, queimação nos pés e nas pernas, sensação de pontadas e agulhadas, dormência e fraqueza nas pernas. Todos os sintomas descritos acima tem a tendência de piorar a noite.

No Brasil, aproximadamente um quarto dos pacientes com diabetes pode desenvolver úlceras nos pés e 85% das amputações de membros inferiores ocorre em pacientes com diabetes.

Pessoas com diabetes desenvolvem a chamada doença arterial periférica, que reduz o fluxo de sangue para os pés. Além disso, pode ocorrer, também, uma neuropatia que provoca a redução de sensibilidade nos pés devido aos danos e alterações que a falta de controle da glicose gera aos nervos. Assim o diabético perde a capacidade de sentir dor nesta região. Mudanças das estruturas ósseas e musculares também podem ser vistas. Essas condições fazem com que seja mais fácil sofrer com úlceras e infecções nos membros inferiores que caso não sejam tratadas a tempo podem levar à amputação.

Contudo, a maioria das amputações podem ser evitadas com cuidados regulares e calçados adequados. Existem sapatos e chinelos próprios para os diabéticos. Estes calçados não possuem costuras em lugares que podem ocasionar lesão e são feitos de materiais especiais que não causam atrito por serem mais flexíveis do que um sapato comum. Os diabéticos tem propensão à circulação sanguínea falha ou a sensibilidade comprometida e o uso de calçados inapropriados pode gerar machucados. Os diabéticos devem dar preferência a sapatos que possam sem regulados por meio de velcro ou cadarços. Porém tenha atenção para que o sapato não fique apertado demais.

Outro ponto que deve ter cuidado é o tipo de solado para o pé diabético. Escolha sempre modelos que tenham um solado mais rígido e estável. Eles possibilitam uma base mais sólida na hora de caminhar ou realizar atividades físicas. Cuidar bem dos pés e visitar o médico imediatamente, assim que observar alguma alteração, é muito importante.

Os pés de diabéticos estão mais suscetíveis a lesões porque o excesso de glicose engrossa o sangue o que dificulta a circulação sanguínea. As feridas podem se formar, também, devido a pequenos acidentes.

O diabético deve ter atenção redobrada na hora de cuidar da saúde dos pés. As altas taxas de açúcar no sangue afetam a capacidade do organismo combater uma infecção e cicatrizar um ferimento. Sendo assim, um ferimento pequeno e superficial pode se tornar um problema grave.

Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, as feridas nos membros inferiores estão presentes em 5% dos usuários do SUS com o diagnóstico de diabetes há menos de dez anos e em 5,8% dos indivíduos com mais de 10 anos de doença. De acordo com o Grupo de Trabalho Internacional para o Pé Diabético, feridas e úlceras nos pés é a causa número 1 de amputações não traumáticas no país. Um caso ocorre a cada 20 segundos no mundo.

Importância da Podologia no pé diabético

“O pé diabético é um pé diferenciado porque ele perde a sensibilidade com o decorrer do tempo. O diabético tem que fazer o exame dos sapatos praticamente todos os dias. Ele não pode ter uma pedrinha mínima. Um simples machucadinho gera uma ulceração e pode virar amputação. A evolução é muito rápida.” – afirma Luiz Pedreira, podólogo criador da rede Spé, O Spa do Pé.

Listamos abaixo algumas razões fisiológicas dos pés diabéticos:

Baixa imunidade:

A má circulação provocada pelo excesso de açúcar no sangue diminui o número de células de defesa prontas para agir quando preciso.

Falta de sensibilidade:

A alta da glicose leva a danos nos nervos periféricos, que captam e repassam estímulos como a dor.

Déficit na cicatrização:

O diabetes mal controlado dificulta a regeneração de áreas lesadas, o que deixa a porta aberta para micróbios gerando infecções.

Para evitar todos esses problemas a prevenção é fundamental e começa dentro de casa. Controle das taxas de açúcar no sangue, tenha uma dieta equilibrada, faça exercícios físicos e mantenha um acompanhamento médico regular. Essas medidas são essenciais para prevenir e tratar as complicações ocasionadas pela diabetes.

O manual de cuidados para pessoas com diabetes do Ministério da Saúde orienta o indivíduo a fazer consultas em um intervalo de três a seis meses se houver indício de danos nos nervos periféricos, isso independentemente de deformidades no pé. Em caso de má circulação na região, relevada uma por sensação de formigamento, o intervalo de visitas ao médico cai para entre dois e três meses.

A rede Spé, O Spa do Pé oferece o que existe de mais moderno no tratamento no pé diabético. O tratamento de monitoramento do Pé Diabético oferece podologia check up diagnóstico, corte de unhas com desencravamento simples, tratamento de calos, calosidades, fissuras, aferição de pressão arterial, medição de glicose, teste de sensibilidade com monofilamento e diapasão. O pacote inclui 12 sessões, combinadas com um produto Hidra Soft (combate o ressecamento e possui ação anti-inflamatória) ou Tea Tree Oil ( possui propriedades antibacterianas e antifúngicas)  para potencializar o tratamento.

Veja abaixo algumas dicas para o cuidado regular dos pés de pessoas com diabetes:

Mantenha os pés sempre limpos e secos

Lave os pés diariamente com água morna e seque-os com cuidado especial na região entre os dedos. Pés úmidos são o cenário ideal para o aparecimento de micoses e frieiras que podem evoluir para problemas mais graves.

Evite deixar seus pés submersos por muito tempo ou fazer compressas de água quente ou fria. Com a perda de sensibilidade o diabético demora a perceber se a água está quente ou fria demais provocando assim uma possível lesão na pele.

Faça o teste de sensibilidade

O chamado teste do monofilamento ou diapasão avalia as áreas principais que podem sofrer com a perda de sensibilidade nos pés, mostrando onde existe evolução da perda ou a existência desta sensibilidade. Essa avaliação é muito importante para que seja feito o acompanhamento e tratamento preventivo.

Faça um acompanhamento regular dos pés

Dar uma boa olhada nos pés diariamente é fundamental para o tratamento preventivo. O paciente, familiares, médicos ou podólogos devem estar atentos ao aparecimento de machucados, cortes, hematomas ou alguma área mais sensível. No caso de ocorrência de feridas elas devem ser tratadas o mais rápido possível para evitar o agravamento do caso.

Fique atento, também, as suas unhas. Caso elas apresentem cor escura, com um aspecto laminar ou espessada, pode indicar que existe algum problema.

Use calçados adequados

Os diabéticos devem ter uma atenção especial na hora de escolher os calçados. Os melhores sapatos são os confortáveis e que permitam que a pele respire. Evite sempre calçados feitos com materiais sintéticos e que tenha costuras internas porque a fricção da lona na parte de dentro do calçado com a pele pode ocasionar feridas.

Outra dica é o uso de meias especiais de algodão, elas podem ser encontradas em lojas de produtos médicos ou em lojas da rede Spé.  Por não possuírem costuras elas protegem de forma correta os pés de possíveis lesões e também absorvem melhor a transpiração natural evitando a umidade e o aparecimento de doenças.

Pare de Fumar!

O tabaco tem um grande impacto nos vasos sanguíneos que compõem o sistema circulatório, causando a diminuição do fluxo de sangue para os pés. Além disso, a redução dos vasos sanguíneos provocados pelo tabagismo tem como outras consequências como: a retinopatia (complicação da diabetes que afeta os vasos da retina, com sangramentos e em casos mais graves leva a cegueira) e a nefropatia (complicação que afeta os rins gerando insuficiência renal com necessidade de diálise e transplante).

Hidrate dos pés diariamente

A hidratação dos pés de pessoas com diabetes é essencial para evitar que eles fiquem ainda mais ressecados e seja maior a incidência de feridas e machucados. Essa hidratação deve ser feita pelo menos uma vez por dia, logo após o banho quando os poros estão dilatados e o produto penetra na pele com mais eficiência. Evite passar o hidratante entre os dedos para que não gere umidade. Em casos mais extremos é recomendado hidratar os pés de três a quatro vezes por dia.

Na rede Spé, o Spa do Pé você encontra o creme hidratante Recovery Feet rico em ácidos graxos essenciais e em ômegas 3, 6 e 9 que penetram na pele agindo diretamente em suas células proporcionando o fortalecimento, resistência e elasticidade.

Mantenha os pés aquecidos

Quanto mais frios os pés, maior o risco.Um pé frio, azulado ou pálido pode indicar má circulação. Os mantenha sempre aquecidos com meias apropriadas. Porém fique atento!  Mudanças na temperatura dos pés, como um aumento incomum ou vermelhidão pode estar relacionado com inflamação ou até mesmo um infecção na área.

Nunca fique descalço

Uma simples topada ou um ralado pode se transformar e uma úlcera ou algo mais grave. Devido a perda de sensibilidade na região os pés, os diabéticos podem demorar a notar algum problema na região o que pode agravar o caso no futuro. Sempre mantenha um calçado próximo a você ou na bolsa.

Controle suas taxas

É fundamental sempre manter os níveis de açúcar dentro do recomendado. Alguns médicos indicam o nível de glicose no sangue não deve ultrapassar 130mg/dl em jejum e antes das refeições este nível deve ficar abaixo de 180 mg/dl (medir após duas horas da refeição). Siga uma dieta saudável e faço o uso da medicação nos horários corretos.

Trate os ferimentos imediatamente

Caso tenha um ferimento nos pés é essencial tratá-lo o mais rápido possível. Lave o machucado com água e sabão e cubra com um curativo ou bandagem seca. Caso não tenha melhora procure imediatamente ajuda médica.

Corte as unhas com um podólogo

Devido à sensibilidade comprometida, não é recomentado que a pessoa com diabetes corte as próprias unhas dos pés. O risco de causar ferimento é grande. Um podólogo fará o corte de forma adequada e segura.

Atenção: Não use lâminas ou produtos que possam irritar os pés como lixas etc. Não abra bolhas ou retire as cutículas (tem a função de proteger as unhas contra a entrada de bactérias e fungos.)

Aposte em uma alimentação saudável

Invista em uma dieta rica em grãos integrais, feijão, legumes, frutas e carnes magras. Evite gorduras e doces em geral. Tomando os cuidados necessários e seguindo as dicas acima é possível prevenir seu organismo contra as complicações da diabetes e levar uma vida mais tranquila e saudável.

Faça exercícios

Fazer atividades físicas com frequência de acordo com a orientação e prescrição de seu médico é ótimo para evitar as complicações provocadas pela doença e melhor o funcionamento do organismo. Caminhar cerca de meia hora por dia irá melhorar a circulação sanguínea em seus pés, por exemplo.

O diagnostico precoce aliado ao tratamento regular e o acompanhamento de um especialista são fatores fundamentais para garantir a qualidade de vida, bem-estar e evitar as complicações provocadas pela diabetes. Siga as dicas acima e fique atento aos sinais do seu corpo.

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3 comentários

  • Sou diabética a 10 anos do tipo 2 e a minha maior dificuldade é encontrar calçados apropriado pra diabéticos

    Marlene santos
  • adorei as dicas tenho diabete tipo 2 tenho a pele muito seca também tenho desidrose minhas unhas são muito ressecada

    marina Gomes Mathias
  • Amei todas as dicas tenho diabetes tipo 2 . gostaria de saber se pode ser causados de couro. Obs: Tenho 56 anos.

    Maria do socorro

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